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Saturday, 24 de November de 2018

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Cidades Históricas: especialistas trazem desafios das atividades turísticas

painelParticipantes e especialistas do 5º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial de Manaus (AM) debateram no segundo dia de evento a importância da cadeia produtiva e da qualificação da gestão para o desenvolvimento turístico dos destinos turísticos sustentáveis. O painel foi conduzido pelo tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Jair Souto.

O primeiro convidado foi o vice-presidente da Fecomércio, Mário Reinaldo, que representou a Confederação Nacional do Comércio no evento. O palestrante abordou como o Turismo se tornou fonte de renda em vários países. Ele trouxe dados que apontam o Brasil como o primeiro colocado no mundo em recursos naturais, mas ao mesmo tempo está apenas na 129ª colocação em negócios.

Apesar dos dados serem nacionais, o palestrante lembrou que toda a cadeia turística está no Município, que precisa de mais investimentos. “A infraestrutura, os aeroportos, a atração turística está no Município. Por isso, a importância de eventos como esse”, pontuou. A representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ana Clévia, defendeu na sua apresentação o perfil de liderança dos gestores e o compartilhamento de informações entre órgãos para que ações do Turismo avancem.

Consórcios públicos

A busca de parcerias como forma de contribuir para viabilizar a gestão municipal são fundamentais em qualquer cidade e uma bandeira que sempre foi defendida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Para contribuir com essa temática, a consultora Joanni Henrichs explicou que consórcios no Turismo também são opções.

“As políticas só irão se viabilizar por meio de consórcios público. Vocês podem se unir e firmar consórcios no Turismo. A região Norte tem muito potencial para isso. A CNM possui uma equipe qualificada para auxiliá-los com os consórcios públicos. É só o gestor entrar em contato conosco”, disse.

Dificuldades

Apesar do potencial, a prefeita de Itapiranga, no Amazonas, Denise Lima, disse que a sua cidade enfrenta dificuldades para alavancar o Turismo. Segundo a gestora, duas linhas distintas predominam no Ente: o Turismo religioso e o de pesca, mas a Prefeitura esbarra na falta de condições financeiras. “Estamos buscando parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas para investir em infraestrutura”, anunciou a gestora.

O representante do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, Pedro Nassar, deu detalhes da gestão de Mamirauá, primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) implantada no país. É uma unidade de conservação legalmente instituída pelo poder público, tendo objetivos de conservação e limites bem definidos. A conservação da natureza e a utilização sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais são os objetivos básicos dessa unidade de conservação de uso sustentável. O palestrante explicou que o case Uakari Floating Lodge, que se trata de uma pousada flutuante com um dos projetos de Turismo de Base Comunitária pioneiros no Brasil. 

Pesca

O painel foi encerrado com caso de Pesca do palestrante Marcos Glueck. Ele trouxe dados que reforçam a importância da pesca no Mundo e o aprimoramento dessa atividade para o incremento do Turismo. Segundo o palestrante, que é referência nessa área, a pesca movimenta cerca de R$ 2 bilhões e deve ser praticada de forma sustentável e conectada ao Turismo.12112018 logo Cidades Históricas Manaus atualizada

O 5º Encontro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial tem o patrocínio da Caixa e apoio institucional do Sebrae. Outros apoiadores do evento são a Associação Amazonense de Municípios (AAM), a Associação dos Municípios do Acre (Amac), a Associação dos Municípios do Estado do Amapá (Ameap), a Associação dos Municípios de Roraima (AMR), a Associação Rondoniense de Municípios (Arom), a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e a Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep).