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Thursday, 30 de November de 2017

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Geração de renda por meio de ações voltadas à sustentabilidade pauta painel em Foz do Iguaçu (PR)

Ag. CNMO Meio Ambiente já foi considerado por alguns segmentos da sociedade como um entrave ao desenvolvimento em várias áreas e até mesmo no Turismo. Esse pensamento é contestado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que entende que o turismo ecológico é uma forma de preservação e geração de emprego. A entidade promoveu um painel com esse tema nesta quarta-feira, 29 de novembro, durante o Diálogo Municipalista e o IV Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial de Foz do Iguaçu no Paraná. 

A consultora da CNM Claudia Lins considerou que os eventos na cidade das cataratas são oportunidades de debates e para que os gestores possam refletir a médio e a longo prazo o tipo de Turismo que desejam para seus Entes. Isso engloba questionamentos sobre o potencial dos Municípios. “É extremamente fundamental que a gente altere o nosso modo de pensar sobre as cidades com foco na gestão territorial e trabalhando a prefeitura de forma integrada, como, por exemplo, a Secretaria de Meio Ambiente com a Secretaria de Turismo”, afirmou.

A representante da CNM lembrou que vários Municípios deixam de atrair turistas por falta de saneamento básico, da degradação do meio ambiente e de outros investimentos em infraestrutura. Nesse sentido, deu exemplo de estratégias que podem ser adotadas nas gestões municipais. “O desafio que foi colocado aqui é pensar o turismo sustentável e a sustentabilidade das cidades como promotora do desenvolvimento local. Além de promover o desenvolvimento local, o turismo sustentável, ao mesmo tempo, promove a qualidade de vida das pessoas”, argumentou.

Unidades de Conservação

O analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), André Oliveira, destacou que aumentaram consideravelmente a visita de turistas às Unidades de Conservação (UC). Segundo ele, um levantamento identificou que no ano passado foram 5,4 milhões de visitantes a mais em relação a 2015. O estudo destacado pelo analista ainda informa que a cada R$ 1 investido nas UCs o retorno é de R$ 7. As UCs são consideradas hoje um motor de desenvolvimento econômico”, relatou.

O gestor do Parque Nacional de Iguaçu, Ivan Carlos, apresentou algumas ações trabalhadas para a preservação do meio ambiente e o recebimento de turistas. Já a secretária de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu, Ana Solange, enumerou medidas que foram implementadas na Pasta para contribuir com a questão ambiental. Entre essas, a adoção de compras sustentáveis, a coleta seletiva, e a criação do selo de sustentabilidade de Foz do Iguaçu, de uma comissão de monitoramento e da Lei de Agenda Municipal. Ainda participou da mesa de debates o representante do Ministério do Turismo, André Madeira.

O 4º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turística e Patrimônio Mundial é promovido pela CNM em parceria com a Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM) e conta com o apoio institucional da prefeitura de Foz do Iguaçu e com apoio financeiro da Caixa Econômica Federal, da Editora Positivo, do Sistema de Ensino Aprende Brasil, da Itaipu Binacional e governo federal. Além disso, conta com o apoio institucional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).